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domingo, 26 de dezembro de 2010

O que ninguém viu ou ouviu falar

As curiosidades da reforma do Palácio do Planalto

Luciana Marques
Por trás da reforma de um palácio, muitas histórias para contar. A maioria mantida em segredo nas paredes do “castelo” projetado por Oscar Niemeyer. VEJA.com descobriu o outro lado do recôndito edifício onde trabalha o presidente brasileiro. E listou dez curiosidades sobre as obras do Planalto.
O gabinete que pertenceu a JK poderá ser usado pelo presidente que será eleito este ano

Plano “B” - Apesar do presidente Lula preferir manter o design do gabinete construído para José Sarney (que ocupou a Presidência entre 1985 e 1990) , o chefe de estado eleito em outubro é quem dará a palavra final sobre o espaço onde vai trabalhar. Para isso, foi idealizada uma espécie de “gabinete reserva”, com arranjo semelhante ao modelado para o presidente Juscelino Kubitschek. O plano “B” seria montado no mesmo local onde fica o gabinete de Lula. Mas com mudanças de quadros e móveis, que seriam os mesmos usados por JK. Portanto, o novo dono da cadeira é que vai escolher onde sentar.

O sumiço de um gigante - Ele se chama “Palácio do Planalto”. Mas desapareceu do prédio que o nomeou. O quadro de Firmino Saldanha, que aparece em foto atrás do presidente Costa e Silva no final da década de 1960, foi encontrado anos depois. Ele estava pendurado na garagem do edifício da vice-presidência. E agora deverá ser restituído para um nobre salão da Presidência no terceiro andar.


Espelho redondo - A primeira dama, dona Mariza Letícia, ganhará um espelho de princesa. No banheiro de seu gabinete, haverá um grande e antigo espelho redondo. O material de sustentação é de madeira Jacarandá maciça. Ela aprovou.

Palácio sustentável - Em todos os gabinetes, haverá sensores para controle automático de luz. Se o ambiente estiver claro, a iluminação será reduzida. O objetivo é reduzir o consumo de energia.

Subsolo para baixo escalão - Os servidores de baixo escalão serão removidos do prédio. Assessores e subchefias não ligadas diretamente ao presidente Lula ou a ministros terão que ficar no subsolo ou no anexo do edifício.

Móveis da Abin - A Abin (Agência Brasileira de Inteligência) está entre as doadoras de móveis ao Palácio do Planalto. O órgão emprestou 20 objetos, entre mesas e cadeiras. 30 “sucatas” do TCU (Tribunal de Contas da União) também foram entregues à Presidência.

Leilão embargado - Antes do Senado realizar um leilão de móveis, em dezembro de 2009, o diretor de Documentação Histórica da Presidência, Cláudio Soares, pediu para analisar o material a ser vendido. E falou pessoalmente com o presidente do Senado, José Sarney, que acabou suspendendo o leilão. Cláudio retirou de lá 250 peças que seriam leiloadas a preço de banana. O material foi reformado e doado ao palácio.

Sobra - Todos os móveis descartados pelo Planalto serão doados para ministérios, prefeituras e entidades públicas. Há cadeiras e mesas, por exemplo, que foram desenhadas por Sérgio Rodrigues na década de 1960.

Os aditivos - A previsão de gastos para reforma era de 78 milhões de reais. Porém, quatro termos aditivos foram assinados entre 2009 e 2010. Com isso, o custo da obra subiu para quase 100 milhões de reais.

Para amanhã - A conclusão das obras do palácio estava prevista para fevereiro deste ano. A ideia era que o presidente Lula retornasse ao prédio antes das festividades em comemoração aos 50 anos de Brasília, no dia 21 abril. Mas o plano caiu por terra. E depois do primeiro adiamento, vieram muitos outros. Na última estimativa, o presidente iria retornar ao prédio logo depois da Copa do Mundo. Porém, só deverá fazê-lo no fim de julho.
Tags: brasília, juscelino kubitscheck, lula, palácio do planalto, reforma.

Fonte: http://veja.abril.com.br

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